Não posso pelos responder pelos outros no toca às razões porque lêem diariamente um jornal. Sei que no meu caso é para estar actualizado face ao que se passa no mundo. Ainda assim há notícias mais relevantes do que outras, tendo lido há dias precisamente uma dessas que nunca irei esquecer, ao contrário da esmagadora maioria das que desse dia, graças a Deus, já esqueci. Apesar de cientista, é com humana paixão que uma bióloga marinha, há anos investigadora na Islândia, fala do pequeno krill, bichinho com o qual se doutorou. Graças a ela, eu, que de marinha nem a Grande conheço, fiquei a saber que «o krill, quando não tem comida suficiente, consegue diminuir de tamanho para poupar energia». Não é, pois, uma notícia maravilhosa, a confirmação científica de uma ideia não científica com já tão provecta idade? Apesar de ser difícil imaginar maior abismo do que o que nos separa do krill, temos muito a aprender com ele. Por exemplo, que lá no fundo do fundo do fundo, tudo o que vive, respira e se movimenta deve o que é e o que faz à sua vontade de poder ou seja lá qual for o nome que os cientistas possam querer dar-lhe.
