Imagine-se alguém não ouvir música porque embora reconheça a qualidade de compositores como Bach ou Schubert, crê que poderia ter havido ainda melhores. Que não está para ver futebol porque mesmo podendo ver vídeos com o Brasil de Pelé, a Holanda de Cruijff ou a Argentina de Maradona, não existe o jogador perfeito ou a equipa perfeita. Pessoas então que recusariam andar de burro por acreditarem que seria em cima de um cavalo, e não um cavalo qualquer, que deveriam fazê-lo, para o qual nunca subiram mas também do qual não querem descer. Não existem pessoas assim face à música ou ao futebol mas se existissem não viriam grandes males ao mundo por ficarem apenas elas a perder. Já na política não é assim. E neste caso, como tudo o que se passa na polis, será sempre a polis que ficará a perder. E por vezes bastante, como aliás mostra a história, a qual nunca se repete mas por vezes rima.