Não falha. Quando pergunto aos meus alunos (os que se consideram religiosos) se se vêem primeiro como cristãos ou católicos, a resposta é sempre a mesma: católicos. O que não surpreende se pensarmos no que diz Antero na sua célebre conferência Causas da Decadência dos Povos Peninsulares: "O cristianismo é sobretudo um sentimento. O catolicismo é sobretudo uma instituição". Ora, se pensarmos no modo como os nossos jovens vivem institucionalizados desde que nascem, a creche, o J.I., a escola, o ATL, a catequese, as actividades desportivas, os campos de férias, o Inglês, a música, as explicações, os escuteiros, parece-me haver razão suficiente para o facto de sentirem mais o peso de uma instituição do que o de uma verdadeira religião. Tal como com o ISLA, o ISPA ou IST, o I de igreja poderia ser de Instituto, passando assim a chamar-me Instituto Católico Apostólico Romano. Fica naturalmente de fora o pertinentíssimo O que bem poderia acrescentar-se no final para sugerir como, ao contrário das verdadeiramente cristãs, falta às asas católicas robustez para levarem as almas até ao Reino do Céus.