22 junho, 2024

O TERMÓMETRO

Dei ontem um apoio de preparação para exame a três alunas. Após duas intensas horas de trabalho, ficámos um bocadinho à conversa no decorrer da qual uma aluna me pergunta se já sou avô, pergunta que já vai sendo recorrente. Isto, poucos meses depois de, pela primeira vez, alguém me ceder o lugar num autocarro. Não, não sou avô, a não ser de um cão, e graças a Deus ainda tenho pernas que me deixam andar mais de 30 km num dia ou resistir aos tremeliques de um autocarro. Pronto, não consigo ver-me velho. Mas só me pode estar a acontecer o que acontece na meteorologia com a diferença entre temperatura e sensação térmica. Poderei sentir calor, mas embora não dê por isso, os dias hão-de estar mais curtos, a luz mais cinzenta e as árvores despidas de folhas, para já não falar no termómetro como prova definitiva de que só posso mesmo estar no Inverno.